Histórico

O projeto Flor de Chita é uma iniciativa que reúne a valorização do bordado e da memória oral enquanto aspectos fundamentais do patrimônio histórico cultural imaterial.

Tudo começou em 2008 a partir da iniciativa da assistente social Graziela Zocal e da produtora artística Cleusa Bernardes, que propuseram e coordenaram a formação de um grupo de bordadeiras no bairro Morada Nova, zona rural de Uberlândia (MG). 

Inicialmente as peças eram direcionadas para uma loja do centro da cidade, depois com a ideia de bordar as memórias das participantes, o grupo recebeu incentivo da Lei Municipal de Cultura, que possibilitou a criação de um acervo de onze painéis bordados baseados nas histórias de vida das bordadeiras e um documentário de todo o processo.

Hoje o grupo cria peças de decoração e acessórios baseadas nas memórias, regionalidades e diversas experiências do grupo, para vender em exposições e bazares.

 


Durante o desenvolvimento do projeto, as bordadeiras participaram inicialmente de uma entrevista individual, depois das oficinas de memória, quando contaram seus depoimentos de vida e oficinas de desenho e bordado. “Lançando mão da espontaneidade e riqueza do bordado em ponto livre, o rico universo de memórias dessas mulheres foi retratado nesses painéis com questões sobre o bairro, migração, trabalho, maternidade, religiosidade e manifestações de arte e da cultura popular”, conta Cleusa Bernardes.

No final do ano de 2009, a exposição entitulada "Memória, Vivências e Bordados", também com exibição do documentário, foi realizada, primeiramente em dois locais, Sesc/MG UBERLÂNDIA e Escola Municipal Freitas Azevedo,  com o intuito de apresentar e valorizar a produção artística do grupo.
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Atualmente, o projeto Flor de Chita desenvolve diversas atividades, entre as quais estão a produção de novos produtos, como bolsas, almofadas, roupas customizadas, participação em feiras e a realização de oficinas, através de parceiras, para novos interessados.